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Mostrando postagens de setembro, 2004

Cidade Fantasma

 Fechou o dia. A cidade está vazia, Ruas inteiras com a imensidão da ausência. Portas fechadas, Janelas fechadas, Porcas fachadas. A cidade está vazia O dia está vazio Tudo está vazio. O Sol nasce cinza e lamenta O movimento de translação dos planetas. Pobre Lua, escrava nossa, eterna rainha dos amantes loucos. Não consigo sentir o cheiro. É por isso que sempre estou do lado de fora das vitrines. Por que o dia fechou. A cidade fechou.

Filosofando o Tic-Tac

 Dias vão, dias vêm Vão-se as cavalarias e infantarias Boemias e orgias inteiras Vão-se as horas de gozo e as obrigações Mas nada disso me faz entender, Nada; Nada me faz compreender o porquê do relógio às vezes fazer tic [e às vezes fazer tac. Por que do seu ir para a esquerda E depois para a direita? E porque os seus ponteiros giram giram giram Incessantemente... Dolorosamente...