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Mostrando postagens de janeiro, 2013

O Sol de Todo o Coração

Neste buraco escuro cai um bichinho belo Cai amendrotado e triste, neste buraco frio De vil espectativa buraco pleno E de venenosos ventos lugar sombrio Bichinho puro, pássarinho vivo Mas morre de medo, morre bichinho Esse mundo não te quer no céu És um rato Uma lagarta Um nada Um verdadeiro nada Pisa na asa da tua consciência Como quem pisa no chão da tolerância Chuta teu estômago forte, saudável Não tens mais estômago. Uma cobra, duas cobras Dez cobras, dez leões Uma manada de quem não quer nada Só que ei, iluminou-te a vida Tu sabes voar bichinho, tu sabes voar E voa. Bichinho não Pássaro. Teu coração o sol pertence.

de uma só vez

Um mundo sem perguntas Caminha livre, aliviado Leve, a brisa calma te leva Escorrega sem acanhamento Num escorrega feito de gelo Cai num poço sem medo Livre da tentação Envolve um vapor sapiente Uma poção de água quente O cheiro e o gosto agridoce Doce como a lágrima caída Como o clamor de viva vivida. Uma forma de mulher nua surge Braços abertos, sorriso seguro O abraço traz o sono, o sonho urge Cai num chão repleto de poeira Ergue e sacode a bela sujeira E segue Fora de si, em paz, na calmaria do cálido arco-íris Num mundo sem perguntas.