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Mostrando postagens de fevereiro, 2013

Xadrez

Já me habituei a escrever sobre coisas que só eu entendo. O mundo é a cada turno, mais e mais individual. Eu sou uma prova disso. Só escrevo coisas sobre mim. Andamos feito cegos em busca de uma visão, e como cegos, em busca de uma esperança. Cremos no companheirismo, e deixamos para lá os maus assuntos. As nossas idéias filtram os males do dia-a-dia, e nos impulsiona para o futuro. Temos um propósito, temos um motivo para viver. Porque Deus parece não querer nos dar este motivo. Ele está silencioso, cada vez mais inaudível e profundamente incompreendido. Não creio nas respostas, creio apenas na vida. Sinto-me cada vez mais só, em um tabuleiro de xadrez preto e branco, às vezes marrom. Tabuleiro de mármore, empoeirando. Sinto-me cada vez mais, uma simples peça de mármore.

História de uma florzinha invisível

Quem dera podia ver através do tronco d'uma árvore Captar suas entranhas druídicas como Deus imaginou que seria tudo o que só podemos ponderar no começo tudo é fofo e macio nesse chão de terra viva terreno forte terreno sadio então uma florzinha imaginária daquelas que valem a pena crer deita ali e fica Mas não será? A gente pisa por cegueira Por insabedoria dessatisfatória E pior que uma gotinha de sangue uma gotinha de lágrima E quando cai no terreno novo Abre um chão de cimento duro Mas tem chão pra toda hora E a florzinha ainda é nova Respira muito depois que chora E vai Será? no começo é quase tão fofo Quase tão novo e quase tão brio nesse chão de terra que vive Terreno que prossegue e vigora E uma flor madurando vai Daquelas que querem viver Senta ali, olhando para os lados E a gente fala por ignorância Por presunção ingênua indumentária E pior que uma gotinha de lágrima um vento no oco do peito E quando cai no terreno novo Treme,

A mother's mourning of a new January

Drop the flags Drop the flags! Cries the man with no hope But thy deepest pain it  won't cope Drop the flag of deadly lies Leave it whilst where everyone dies The silent look of owl and cat The idea remains while man's in depth For the coffin only it'll enfold The man about himself stories The flighty truth over the sea Buried forever hidden untold. Drop the flag of any color Of any flimsy shallow dream The rose is red on sad tears Of a poor poor mother in huge vent Lost in muttering mourning fears. Drop the flag which kills the soul And as a coffin blanket in the end Will bring as it feels and as it falls. ============================================ Em memória de Rafael

XLIV

Pensando hoje no quanto culpamos a tudo e a todos pelo fato de nossas vidas não serem do jeito que queremos, fazemos de tudo para fugir da responsabilidade que nós somos o nosso próprio guia. Ninguém é responsável pelas suas escolhas, nem seus pais, nem Deus, nem o diabo, nem o Governo, nem a sua mulher, nem o seu filho. Eu pensei nessa frase: "Não terceirize a sua frustração, simplesmente admita a sua incapacidade."