Segue forte navegante A barca da coragem Avante O olhar sôfrego, débil A tripulação morosa aguarda, Flébil Mar ante mar Mar após mar E que nada se conhece senão a brisa Ou se transformo em vento E em furação Mas quem é que sabe? - Terra à vista! Soa forte o alarmante A barca nada diz, nada faz A barca é a neutralidade dos amantes O Capitão incerto Velas, remos adiante Soltas E no seu olhar a dureza diamante Capitão, tormenta avante! Destemido diz: - Sigamos adiante! Aprende-se ir, sem saber em que terra pisa Porque toda terra é terra Todo chão é chão Quando pisa deixa a marca É assim mesmo Lembrou-se de quando nosso Senhor Com um estalar de dedos Transformou todo o Caos Em Caos.