Algumas pessoas tem um jeito tão belo de recontar a própria história, que eu decidi também recontar uma história de uma fugitiva que se vê como heroína. Aqui vai. Estava eu um dia em uma NAU, sério, eu realmente estive em uma NAU, não um barco, não um navio, mas uma NAU. Eu de repente virei o Maurício de Nassau, o Gigante Holandês, e saí colonizando tudo, até mesmo a minha insegurança, mesquinharia, avareza e infâmia. Porque se tem algo que eu realmente prezo nessa vida, é a minha necessidade doentia de parecer virtuoso para todo mundo que me conhece. Então aqui vai: Tua nau, tão nobre, tão tua — que sorte! Ergueu-se ilesa das marés... imaginárias. Leva contigo tuas âncoras de autoaplauso. Sopra teus ventos — mas não esperes que eu os sinta. E eu, que nem marinheiro sou, Quase que naufrago por distração. Foi acidental, não me preparei. Como cruzar um desafeto no mercado da alma, entre pêssegos e demoras. Nada dramático - apenas inoportuno. Tuas palavras são tambores numa guerra qu...
Não leia este blog! Aqui tudo é mentira, fingimento ou imaginação.