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Mostrando postagens de março, 2007

Não-me-esqueças

Edit: 2021 Se antes te ocultava em fragmento Não me nego a dar-te hoje o alimento Adubo em boa terra, flores rosas reprimidas flores Sob a sombra do umbral,  haste a flâmula de muitas cores A moral permanece a minha boca Miosótis o aroma doce do teu peito Perco-me ébria pluma quente no teu leito. E hoje porto a flor azul em minha fronte Não me esqueças, não me esqueças, diamante Lá Flor dos Anjos que já não diferencia Da santa prostituta a flor ou cetro Não me esqueças miosótis não me esqueças. =================================== Original: 2007 Não tenho vergonha de regar minhas flores Que antes negras e reprimidas Sorriem em liberdade sem as pétalas da moral Pois na moral meu sorriso se perde. Quando do perfume de teu peito Me vejo entre as brumas quentes do teu leito E hoje carrego uma rosa em minha fronte Sou um anjo que não distingue os anjos Sou amante dos Anjos.

Cata-Vento

De cima da estante, meus olhos sofriam estáticos: Fitava sempre sorrisos incompreensíveis, cheirando a álcool. E os cata-ventos mudando a direção dos ares. - Peteus, desce da estante meu filho. Ai mamãe, tenho medo dos cata-ventos.

O Sol Nascente

 Quando de teus olhos roubei o pouco do néctar, Trai meu próprio coração. Chorou amargurado despedaçado em dores canalhas. Na quietude, na paz. Viestes do outro lado, Fugindo da guerra. Roubou-me o fôlego Desorientou-me as certezas. Atravessou oceanos, mares inteiros. Continentes montanhosos e argilosos. Matas densas e proibidas,  Atravessou tudo. Para atravessar-me o coração. Já pendurado no balaústre contemplado em admiração. Mas corrompido em impureza e traição. Para Marília Kobayashi