Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de junho, 2009

Carpe Diem Mon Amis

Quando a mãe cobriu o rosto com as mãos Caiu a primeira lágrima de muitas E abriu no peito um buraco que não fecha mais Você pisou na rua jovem. É sempre assim com os artistas: O opulento tem à disposição mil arco-íris. Mas você faz mais do mundo com apenas preto e branco O seu sorriso preto e branco O meu amor preto e branco Como nos primeiros jornais. E mal mal, você não sabe Que sempre que você pisa na rua, Seus pés geminam e plantam. E vão abrir, querendo ou não, Um buraco que não fecha mais. E deixam ali, querendo ou não, a mensagem: "Aqui estive e agora estou em paz", Até a planta criar folhagem.

Ponto Final

Caiu uma gota, distância, Dor efêmera, raio escuro, Com um passo de constância Atravesso a porta do obscuro. Venço com rugir A dor estranha do peito Como o leão sendo sua presa Caída, em paz, no leito. Com mais um pouco de coragem Enxergo o mistério restrito Alcanço a luz dessa viagem Que a imaginação tem descrito. Céu, inferno ou simples terra Destruo com faca e ferro O que quer que seja é eterna guerra Antes do morro, o berro. E em poucos passos adiante A dor que pulsa no pulso Reduz-se a simples instante Vermelha e negra, eu expulso. A gota alcança o tapete E o branco da paz que se mancha Soa três badaladas e um lembrete: A moça branda, enfim, descansa.