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Mostrando postagens de julho, 2010

Yervante

O chão é de pedra Mas a cama é de algodão. O grito é de guerra Mas também é de paixão. Os olhos um dia se perderam Procurando por coisas que não sei Se houveram amores Tu amaste e eu amei. E se houveram dores Também chorastes como chorei. E se houve saudade Que lá atrás eu já deixei (Na memória inevitável) O futuro há de ser mais memorável E as alegrias hão de ser mais brandas. E se houve passado, choro e amor, Já hoje eu já não sei. Mas por hoje posso dizer: Por tudo passarei Por tudo chorarei Por ti Por tudo Amarei.

A Máquina

A Máquina que o Homem inventou Jamais poderia contar Que há homens ainda crianças Que como as máquinas não contam Com o homem que a máquina inventou.

Imagine

Que a vida que pensei ter tido Era a vida que queria ter E que tudo que imaginei ter sido Era a imagem do meu imago ser. No limiar do ser e não viver Do vivo sem me ater As imagens são sem eu querer Imagino os mil mundos sem meu ser Tudo que é sempre irá permanecer. Nego o mundo que nos dói Com razão de convencer Que real é aquilo que eu planto Enquanto imagino o que não há de florescer. Flores às imagens mortas Às pinturas tortas e sem rumo E às poesias embrigadas de perfume! O real do mundo é açude com cardume. Mas ora... uma porta.