Jamais farei crer que o vento é certo Se jamais seu sopro estiver por perto. Ou talvez jamais saberia se há mar Caso em mar jamais viria chegar. Seria a chama algo quente Se não ardesse aqui na gente? Enquanto não sabemos do mundo O mundo não há E somos surdos e cegos. Porém jamais nos damos ao prazer De emudecer a nossa voz E a nossa voz calar. Como sabe o surdo o som da gaivota Que vai embora pro horizonte E vai levando para longe A nossa vontade de ir também? Para o cego o vermelho é a idéia Que se faz do sangue que corre Nas veias da sua própria pele Quando crê nas palavras De seu fiel cão guia. Ao contrário ele riria Ou crê agora , ou agora cria. O que jamais haverá Será o que jamais vi Mas tudo o que está já é E será sem eu existir.
Não leia este blog! Aqui tudo é mentira, fingimento ou imaginação.