Jamais farei crer que o vento é certo
Se jamais seu sopro estiver por perto.
Ou talvez jamais saberia se há mar
Caso em mar jamais viria chegar.
Seria a chama algo quente
Se não ardesse aqui na gente?
Enquanto não sabemos do mundo
O mundo não há
E somos surdos e cegos.
Porém jamais nos damos ao prazer
De emudecer a nossa voz
E a nossa voz calar.
Como sabe o surdo o som da gaivota
Que vai embora pro horizonte
E vai levando para longe
A nossa vontade de ir também?
Para o cego o vermelho é a idéia
Que se faz do sangue que corre
Nas veias da sua própria pele
Quando crê nas palavras
De seu fiel cão guia.
Ao contrário ele riria
Ou crê agora , ou agora cria.
O que jamais haverá
Será o que jamais vi
Mas tudo o que está já é
E será sem eu existir.
Se jamais seu sopro estiver por perto.
Ou talvez jamais saberia se há mar
Caso em mar jamais viria chegar.
Seria a chama algo quente
Se não ardesse aqui na gente?
Enquanto não sabemos do mundo
O mundo não há
E somos surdos e cegos.
Porém jamais nos damos ao prazer
De emudecer a nossa voz
E a nossa voz calar.
Como sabe o surdo o som da gaivota
Que vai embora pro horizonte
E vai levando para longe
A nossa vontade de ir também?
Para o cego o vermelho é a idéia
Que se faz do sangue que corre
Nas veias da sua própria pele
Quando crê nas palavras
De seu fiel cão guia.
Ao contrário ele riria
Ou crê agora , ou agora cria.
O que jamais haverá
Será o que jamais vi
Mas tudo o que está já é
E será sem eu existir.