Na imagem de um deserto impõe-se a mim aquele homem Caminhando em trapos sob vento arenoso Sua humildade antecipa a natureza Sua tez amiga pede-me um abraço Quem diria ao ser Escravo dotado de uma imagem Por um homem que já morreu. Se morro no abismo ou no morro Ou se morro no chão Morrerei só Não me dê consolo ou a mão Se não me puder dar a vida. Largo esta cruz no chão Que na verdade nunca foi minha obrigação Carrego o peso dos próprios ombros E da própria imaginação. O vivo em função do sonho Moribundo caminhante Zumbis zombadores dos passantes Vivo em função do chão. Não, não posso voar Não podes sonhar o viver Vive o pensar. Esse teu pranto desnecessário Repugnante! Comisera-se o teu espelho E nosso espelho não é senão a nossa imagem. Quando morrer não pede o céu Não temais os anais terrenos da divindade Não temais o amoque pela tua falsa liberdade O tempo não passa senão a mudança de todas as coisas De nada vale pintar o instante Que nã...
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