Na imagem de um deserto impõe-se a mim aquele homem
Caminhando em trapos sob vento arenoso
Sua humildade antecipa a natureza
Sua tez amiga pede-me um abraço
Quem diria ao ser
Escravo dotado de uma imagem
Por um homem que já morreu.
Se morro no abismo ou no morro
Ou se morro no chão
Morrerei só
Não me dê consolo ou a mão
Se não me puder dar a vida.
Largo esta cruz no chão
Que na verdade nunca foi minha obrigação
Carrego o peso dos próprios ombros
E da própria imaginação.
O vivo em função do sonho
Moribundo caminhante
Zumbis zombadores dos passantes
Vivo em função do chão.
Não, não posso voar
Não podes sonhar o viver
Vive o pensar.
Esse teu pranto desnecessário
Repugnante!
Comisera-se o teu espelho
E nosso espelho não é senão a nossa imagem.
Quando morrer não pede o céu
Não temais os anais terrenos da divindade
Não temais o amoque pela tua falsa liberdade
O tempo não passa senão a mudança de todas as coisas
De nada vale pintar o instante
Que não o que está diante dos olhos
A moldava teimosa de todas as coisas.
Cheira a vida, cheira!
Sente o gosto desse vento amargo
É a vida também, aí está!
Permanece.
Com licença bom senhor
Boas foram suas intenções
Mas deixarei sua cruz aqui ao chão
Partirei em demanda própria
Quando daqui partir,
Morrer!
Mandai-me ao limbo da inconsciência das coisas.
Caminhando em trapos sob vento arenoso
Sua humildade antecipa a natureza
Sua tez amiga pede-me um abraço
Quem diria ao ser
Escravo dotado de uma imagem
Por um homem que já morreu.
Se morro no abismo ou no morro
Ou se morro no chão
Morrerei só
Não me dê consolo ou a mão
Se não me puder dar a vida.
Largo esta cruz no chão
Que na verdade nunca foi minha obrigação
Carrego o peso dos próprios ombros
E da própria imaginação.
O vivo em função do sonho
Moribundo caminhante
Zumbis zombadores dos passantes
Vivo em função do chão.
Não, não posso voar
Não podes sonhar o viver
Vive o pensar.
Esse teu pranto desnecessário
Repugnante!
Comisera-se o teu espelho
E nosso espelho não é senão a nossa imagem.
Quando morrer não pede o céu
Não temais os anais terrenos da divindade
Não temais o amoque pela tua falsa liberdade
O tempo não passa senão a mudança de todas as coisas
De nada vale pintar o instante
Que não o que está diante dos olhos
A moldava teimosa de todas as coisas.
Cheira a vida, cheira!
Sente o gosto desse vento amargo
É a vida também, aí está!
Permanece.
Com licença bom senhor
Boas foram suas intenções
Mas deixarei sua cruz aqui ao chão
Partirei em demanda própria
Quando daqui partir,
Morrer!
Mandai-me ao limbo da inconsciência das coisas.