No fim Lá atrás, entre a colheita mal feita e o vinho maltrapilho, Construí uma igrejinha de pedra, de São Bananais, Santo meu, criado meu. Jesus Cristinho derrubou as taças, os pratos, as pratas. Na igreja de São Bananais. Cavei com as unhas na pedra o nome do Nosso Senhor. A pedra voltou-se a mim amarela, empoeirada desfalecendo. Fica agora, cai ou não cai. Morre ou não morre. E o morre desmorre da vida desvida que não vai. Nem vem. Nem vai. Entre o vinho maltrapilho, escolhido no mercado, atrás do balcão de carnes e frios. Não tem imagem de São Bananais. Jesus Cristo tomou-me as mãos e salvou-me por enquanto. Mas enquanto eu derramava o vinho, a mão escorrega. Embriagado morre. Escorrega vive. Vai, não vai. Colhi da escolha de Não Bananais. Não, pedra. Sem fumaça de algodão doce cheirando na alma. Não, pedra. A mulher, madura, cheirando a carne mordendo a cruz. Não, pedra. O travesseiro frio, a luz, a luz, a luz... Não, pedra. A boca rosada, cor de curiosidade, lambendo a palma. Lam...