Entre as brumas incógnitas da vida
Descansava-me em plena inconsciência
No aconchego da mórbida demência
Tu, existência ainda inconcebida
Porém, em pleno sonho não lembrado
Despertada a vítima, que tormento
Para causar a dor e desalento
E o gozo metafísico roubado.
E jogado cá nesta vida, agora
Refletindo pra onde vou embora,
Sofro a dúvida eterna universal:
Do meu berço para a vida que estoura?
Terra inópia lar para almas agouras?
Nós herdeiros do desvelo do mal?