Eu sinto que quero abraçar o mundo
Eu sinto que quero que o mundo me abrace
Que tire a minha alma do impasse
De ser um riso fútil pelo dia
E um choro um tanto inútil no noturno.
Estas cordas vis
Que presas aos meus braços
Lhes dão o movimento
E uma maior
Hospedada no cérebro
Evitam o choque com a persuasão
Eu uso o toque
Com a sensação
De que estou dopado
Do meu conhecer.
As falas que eu quero
Não me pertencem
E a língua que eu uso
E em alto grau de desuso
São como as asas do burro recluso.