Tão pura e sólida era a Madre Pérola
Que em dia de outono debaixo d'uma árvore
Até mim ela rolou com sua castidade.
Ó pérola dourada, tu és o meu estigma.
Quão forte é a dor que ainda sinto
E quanto mais ainda sentirei?
A pérola rosada que o túmulo embeleza
Deitar ali seria meu único conforto
De ter em mim tão próxima tua alma
De resumir minha dor em simples calma
Angústia é o que jaz vivo no homem morto.
Ó Pérola dourada, tu és o meu estigma
Minha alma ali está e ainda sinto
E enquanto ali estiver não sentirei.