IV
Pelo
sóbrio vestido de mulher
Estive
em poucas vias desta vida
Vivi
toda esta vida como quer
Colhi
o fruto nobre da amargura.
I
Bem
sei o que me dizes ó amiga!
Está
com um pé na cova de ardores
Curando
como pode a ferida
Que
dói em sal, arbusto, veste e flores.
IV
Não
doi apenas flores e arbusto
Dói
a existência sem sentido
Dói
a eminência do vestido
Que
veste e tapa tudo como augusto.
I
Pois
ponha sobre a minha a tua mão
Carrego
como a ti, a pedra imensa
De
viver atrás do sim, mas ter o não
Comer
de insosso arroz pensando intensa.
IV
Agora
muito bem sei como estou
Pensava
estar sozinha nessa dor
Mas
vejo que em ti eu muito sou
No
peito a mesma que eu tu tens a flor.
I
A
flor está em mim e está em ti
Sou
tua alma pobre como és
A
minha alma rica que és aqui
Você
sou eu da fronte ao tronco e pés.
~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~
Autores:
Matheus
Vieira - I
Isabelle
La Fleur - IV