Tal como o moribundo demente
Que sente a vida indo de pouquinho
E sente a pele morta já dormente
Não sente nem o toque passarinho
Sinto que sou a última do mundo
Sinto que sou como a moribunda.
Mas ao invés da pele sem o tato
O que já morto sinto é o coração.
Desse mundo carne, água e prato
Dessa alma sem intuição
Do vento frio e forte que não toca
Onde tudo é sim e nada choca.
Que sente a vida indo de pouquinho
E sente a pele morta já dormente
Não sente nem o toque passarinho
Sinto que sou a última do mundo
Sinto que sou como a moribunda.
Mas ao invés da pele sem o tato
O que já morto sinto é o coração.
Desse mundo carne, água e prato
Dessa alma sem intuição
Do vento frio e forte que não toca
Onde tudo é sim e nada choca.