Acordei cansado de querer ser subjetivo
Por isso isto não passará de um poema
Por isto eu faço aqui um desabafo
Eu respiro em baixo e silvo agudamente
Que a todas as idéias da cabeça eu uso repelente
E uma vez que já tenho o meu motivo atônito
Eu descortino minha angústia pelo meu olhar
Oh povo meu ferido que pensa em melhora
E fala com modéstia merolhar
Mero olhar de esperança cansa o meu espírito
Não muda-se o mudo que não aprende a falar
Então esqueça-se o mundo decaindo-se em desastres
O picadeiro da arrogância se arroja-se em constrates.
Eles lá em cima
De lá dos seus camarotes vermelhos
Dos seus vermelhos e luxuosos camarotes
Dos camarotes vermelhos e luxuosos aos nossos olhos,
Eles riem de nós.
Nós tentamos fazer cultura
Eles riem de nós
Nós tentamos definir cultura
Eles riem de nós
Eles riem dos nossos poetas
Eles riem da nossa humilde música
Das nossas casas
Uma a uma como tijolos
De uma grande e imponente fortaleza
Que não fortalece a nada!
Eles riem de nós
Eles riem das nossas parcas defesas
Eles riem das nossas destrezas.
Eles riem quando damos um salto
O que pareceria resultado do esforço
Parecerá um sagüi em espetáculo risível.
Dessa nossa vontade ser
E de estar
E do ser ou não ser
Eles riem de nós.
Eles riem dos nossos versos
Eles riem da nossa música alta
Eles riem do nosso Deus
E do nosso adeus
E dos nossos ateus.
Se Deus ou não terei fé para compreender amanhã ou não se Deus