Por que o casamento da Duquesa Kate fez tanto sucesso em mídia?
Refletindo sobre isso, cheguei a uma conclusão modesta: é um clichê histórico quando a classe da elite lança holofotes sobre si mesma para fazer propaganda do seu modo de vida para as demais classes. A população procura se espelhar nos ícones, na esperança de que, com o seu trabalho justificado pelo acúmulo de bens materiais, um dia poderão usufruir do glamour e dum momento idealizado conforme estipulado pela própria classe elitista. Os orgãos de poder nos vendem o pólem de contos de fadas que provavelmente nunca poderão acontecer. Contos de fadas são feitos de recortes.
Não importa que seja um tema debatido por todos; o necessário, no meu humilde ponto de vista, é não deixar passar despercebido ao olhar todo o mecanismo que está por trás deste excesso de fascínio. É observar com calma, com tranquilidade, sem permitir que as emoções e as emulsões humanas sejam manipuladas por outrém.
Negar a manipulação é admitir que ela não existe, e que a nossa mente está sob o nosso controle, mas acredite, ela não está, pois alguém sempre se sente no direito de dizer e mostrar aquilo que pensa que é o melhor para nós. Detectar esta manipulação para pensar por si próprio é um trabalho difícil.
Qual a necessidade de se perceber a manipulação? Entender que a nossa sobrevivência depende muito mais de nós mesmos do que de outrém, e que não é aceitável permitir que outra pessoa julgue o que é melhor para nós. Desta forma, poderíamos escolher o que queremos ver e viver, sem a obrigatoriedade de estar a par de um evento que pouco modifica na nossa condição, e que mais ainda nos faz sentir mal pela nossa situação no meio social.
O melhor de nós mesmos deve estar dentro, e não fora.