Estação Sto Amaro do Metrô
Escuta, o som dos trilhos
Mas não dá pra entender
O que ele tá querendo dizer
Tem gente com fone
tem gente com fone
tem gente com fone
Sobrevoa nas cabeças dispersas
Serpenteia-se por olhares perdidos
Uma pálpebra caída e um bocejo
Tem gente com fone
tem gente com fone
tem gente com fone
Numa tela de tinta homogênea
Pra que o preto, o branco, o marrom
É tudo muito cinza
Tem gente com fone
tem gente com fone
tem gente com fone
Uma mulher morde uma maçã
Um homem toma o seu pedaço
Mas aqui nunca foi o Edem
Tártaro metálico, homem bateria
Saúde e alegria é uma calunaria
Recolham o corpo esquartejado do Mário
Tem gente com fone
Tem gente com sono
Tem gente sem fome.
Só mesmo trindade
Para azedar esta verdade.
Escuta, o som dos trilhos
Mas não dá pra entender
O que ele tá querendo dizer
Tem gente com fone
tem gente com fone
tem gente com fone
Sobrevoa nas cabeças dispersas
Serpenteia-se por olhares perdidos
Uma pálpebra caída e um bocejo
Tem gente com fone
tem gente com fone
tem gente com fone
Numa tela de tinta homogênea
Pra que o preto, o branco, o marrom
É tudo muito cinza
Tem gente com fone
tem gente com fone
tem gente com fone
Uma mulher morde uma maçã
Um homem toma o seu pedaço
Mas aqui nunca foi o Edem
Tártaro metálico, homem bateria
Saúde e alegria é uma calunaria
Recolham o corpo esquartejado do Mário
Tem gente com fone
Tem gente com sono
Tem gente sem fome.
Só mesmo trindade
Para azedar esta verdade.