Motivo
Que brisa fresca que desperta
Eriça os pêlos dos braços
Arrepia-me os pêlos da nuca
Me faz ter saudades de muitas coisas
De muitas tristezas deixadas pra trás
Quanta loucura...
Mais um outono nesta vida acinzentada
Cada estação um motivo
De quanto mais motivos serão necessários?
Atiraram-me aqui neste corpo
Como um dejeto, um desperdício
Nesse projeto inconstante e inexplicável
Sempre prestes a explodir!
A gente anda por aí como se não houvesse mesmo um motivo
E a cada pausa pra respirar, permitem-nos tentar um sorriso.
E que riso bobo quando eu olho pra esse horizonte
E esqueço um pouco de tudo o que me rodeia
E nessas horas também me esqueço do que sou
(Do que fui)
E me esqueço do que já sei o que vou ser
E deixo os pensamentos um pouco em espera
E espero de verdade que não seja mais uma ilusão
Que não seja mais uma desculpa para seguir em frente
Mas que seja o motivo que tanto procurei
Já nem posso dizer, deixa pra lá.
Deixa pra lá por que o horizonte continua
O mar infinito (mesmo sabendo que não é) continua
E a vida continua
Então por ora, deixa pra lá esse pensamento
Porque depois que se aprende a caminhar, a gente não pensa mais.
Já nem amo
Já nem sei, então de que serviu?
Tantas tentativas, tantas vezes machucada
Já nem sei
Então deixa pra lá.
Chega uma hora em que deixa de lado a idade das tentativas e chega
[a idade em que a gente senta no banco e respira fundo
Esse banco já esteve aqui há muito tempo mesmo
As marcas que outros aqui deixaram indicam
Ele já esteve aqui o tempo todo
Esperando a minha vez de me sentar
E só olhar o horizonte, e a doca, e os barcos, e esquecer do que eles são feitos
E olhar os peixes e o mar, e esquecer do que eles são feitos
E me esquecer um pouco de quem eu sou e do que eu fui.
E me esquecer um pouco do que me fizeram e do que fiz de mim.
Que brisa fresca que desperta
Eriça os pêlos dos braços
Arrepia-me os pêlos da nuca
Me faz ter saudades de muitas coisas
De muitas tristezas deixadas pra trás
Quanta loucura...
Mais um outono nesta vida acinzentada
Cada estação um motivo
De quanto mais motivos serão necessários?
Atiraram-me aqui neste corpo
Como um dejeto, um desperdício
Nesse projeto inconstante e inexplicável
Sempre prestes a explodir!
A gente anda por aí como se não houvesse mesmo um motivo
E a cada pausa pra respirar, permitem-nos tentar um sorriso.
E que riso bobo quando eu olho pra esse horizonte
E esqueço um pouco de tudo o que me rodeia
E nessas horas também me esqueço do que sou
(Do que fui)
E me esqueço do que já sei o que vou ser
E deixo os pensamentos um pouco em espera
E espero de verdade que não seja mais uma ilusão
Que não seja mais uma desculpa para seguir em frente
Mas que seja o motivo que tanto procurei
Já nem posso dizer, deixa pra lá.
Deixa pra lá por que o horizonte continua
O mar infinito (mesmo sabendo que não é) continua
E a vida continua
Então por ora, deixa pra lá esse pensamento
Porque depois que se aprende a caminhar, a gente não pensa mais.
Já nem amo
Já nem sei, então de que serviu?
Tantas tentativas, tantas vezes machucada
Já nem sei
Então deixa pra lá.
Chega uma hora em que deixa de lado a idade das tentativas e chega
[a idade em que a gente senta no banco e respira fundo
Esse banco já esteve aqui há muito tempo mesmo
As marcas que outros aqui deixaram indicam
Ele já esteve aqui o tempo todo
Esperando a minha vez de me sentar
E só olhar o horizonte, e a doca, e os barcos, e esquecer do que eles são feitos
E olhar os peixes e o mar, e esquecer do que eles são feitos
E me esquecer um pouco de quem eu sou e do que eu fui.
E me esquecer um pouco do que me fizeram e do que fiz de mim.