Romeu e Julieta separados pelo tempo
E nos encontramos
No passado, no futuro
No pensamento e no sonho
E é no sonho,
Neste sonho perfeito
Onde me perco, me encontro
E nesse sonho onde eu reencontro,
Como o direito de todo ser,
O ser direito.
Não fale palavras,
Elas não parecem certas ou precisas
(Ou necessárias).
Também não tenho palavras
Nem direções para nada que preciso
Porque não são certas
Ou necessárias
Agora abrace-me forte
E pare o tempo, junto comigo
E segure minha mão, forte
E deite-se aqui
Durma aqui e abrace esta paz
Enquanto te observo e sou feliz por agora.
Agora é o que existe
Não o próximo passo, não o segundo seguinte
Apenas o ar após ar
Te vejo, envelhecendo cada célula, e cada cacho de cabelo
E te vejo, cada cristalina vida, se esvaindo
Perguntas, como o relógio da vida
A pergunta é o que não cala
"O que é? O que será? O que pode ser?"
Deixa a resposta pra lá, ela vem
Ela nos espera, lá na frente, lá adiante
Enquanto formulamos nosso raciocínio
A resposta nos aguarda ali, mas deixa.
Sou capaz de amar a uma planta ou a um animal
Sou também capaz de te amar e te cuidar
E te dar carinho e te dar paz
E te ver dormir,
(Oh vida, como quero te ver dormir!)
Não sou capaz de dar explicações
Não temos que dar explicações
Não explico o momento, a todo momento
Separados por esta cruel obrigação
Esta vil desnecessidade
Esta insolúvel motivo do não viver
Deste papel a cumprir
Desta vida a cumprir, e que não se cumpre nunca jamais
E nem nunca se cumprirá, nem jamais
Não somos vítimas da arquibancada
Ou escravos da observação
Somos atores, viventes
Não somos fantoches do mero existir
Somos amantes do pleno
Do exato, agora
Não existimos, somos.
E nos encontramos
No passado, no futuro
No pensamento e no sonho
E é no sonho,
Neste sonho perfeito
Onde me perco, me encontro
E nesse sonho onde eu reencontro,
Como o direito de todo ser,
O ser direito.
Não fale palavras,
Elas não parecem certas ou precisas
(Ou necessárias).
Também não tenho palavras
Nem direções para nada que preciso
Porque não são certas
Ou necessárias
Agora abrace-me forte
E pare o tempo, junto comigo
E segure minha mão, forte
E deite-se aqui
Durma aqui e abrace esta paz
Enquanto te observo e sou feliz por agora.
Agora é o que existe
Não o próximo passo, não o segundo seguinte
Apenas o ar após ar
Te vejo, envelhecendo cada célula, e cada cacho de cabelo
E te vejo, cada cristalina vida, se esvaindo
Perguntas, como o relógio da vida
A pergunta é o que não cala
"O que é? O que será? O que pode ser?"
Deixa a resposta pra lá, ela vem
Ela nos espera, lá na frente, lá adiante
Enquanto formulamos nosso raciocínio
A resposta nos aguarda ali, mas deixa.
Sou capaz de amar a uma planta ou a um animal
Sou também capaz de te amar e te cuidar
E te dar carinho e te dar paz
E te ver dormir,
(Oh vida, como quero te ver dormir!)
Não sou capaz de dar explicações
Não temos que dar explicações
Não explico o momento, a todo momento
Separados por esta cruel obrigação
Esta vil desnecessidade
Esta insolúvel motivo do não viver
Deste papel a cumprir
Desta vida a cumprir, e que não se cumpre nunca jamais
E nem nunca se cumprirá, nem jamais
Não somos vítimas da arquibancada
Ou escravos da observação
Somos atores, viventes
Não somos fantoches do mero existir
Somos amantes do pleno
Do exato, agora
Não existimos, somos.