Efêmera como a respiração
Cristalizamos o nada
E por ele matamos e morremos
Vivendo os mesmos dias de cada vez.
Quando te disseram que eras único
Mentiram para ti
Não és único.
E te disseram que voarias alto
Mas não tens asas
Nunca terás asas.
E quando te disseram
Sigas teu coração
Seguiste, e viste que nada te aconteceu
Pois é só um coração.
É apenas sangue.
E quando sangraste
Disseram: sangra pelo que é sagrado!
Mas tudo o que ficou foi dor e cicatriz.
E tua platéia se foi sem apagar a luz
O lixo ficou no chão para que tu apanhaste.
Dali ninguém te comentou
E ficou aquela emoção tardia de que talvez nada tenha mudado
E não mudou.
Tu não és a natureza que muda sem querer que mude.
Nem o impávido que joga a pedra no mar
E não se importa com o que transborda.
Não é a natureza quando não sentes vontade
Ou ao menos a natureza quando tua vontade
É a vontade dos outros.
E quando te disseram: a vida valeu apena!
A vida não valeu a pena
Foi apenas um breve instante
E a menos que tu deixes uma lápide
Mal serás uma memória.
Serás, tanto mais, pó atrás de pó atrás de pó.
Não serás o molde que forma teu horizonte
Sobrarás o resto de ti
Apenas aquilo que te lembrarão.
Mas não serás o que quer
Amanhã, na porta de tua casa, talvez no auge do meio dia, pode ser que te tragam uma flor.
Cristalizamos o nada
E por ele matamos e morremos
Vivendo os mesmos dias de cada vez.
Quando te disseram que eras único
Mentiram para ti
Não és único.
E te disseram que voarias alto
Mas não tens asas
Nunca terás asas.
E quando te disseram
Sigas teu coração
Seguiste, e viste que nada te aconteceu
Pois é só um coração.
É apenas sangue.
E quando sangraste
Disseram: sangra pelo que é sagrado!
Mas tudo o que ficou foi dor e cicatriz.
E tua platéia se foi sem apagar a luz
O lixo ficou no chão para que tu apanhaste.
Dali ninguém te comentou
E ficou aquela emoção tardia de que talvez nada tenha mudado
E não mudou.
Tu não és a natureza que muda sem querer que mude.
Nem o impávido que joga a pedra no mar
E não se importa com o que transborda.
Não é a natureza quando não sentes vontade
Ou ao menos a natureza quando tua vontade
É a vontade dos outros.
E quando te disseram: a vida valeu apena!
A vida não valeu a pena
Foi apenas um breve instante
E a menos que tu deixes uma lápide
Mal serás uma memória.
Serás, tanto mais, pó atrás de pó atrás de pó.
Não serás o molde que forma teu horizonte
Sobrarás o resto de ti
Apenas aquilo que te lembrarão.
Mas não serás o que quer
Amanhã, na porta de tua casa, talvez no auge do meio dia, pode ser que te tragam uma flor.