Você nunca será
Disseram
Não fui
Porém sigo sendo
Até enquanto houver ousar
Mas ar enquanto está tendo
Não hei
O que quer que seja
Que não seje
Suje...
Saja voa como voa a asa
E vaza
Ninguém se importa da sua importância
Ou sabe da essência
Como sangue em aberta artéria
Arturia em sua lenda do ser
No molde do teatro moderno
Cumpro meu papel com feitio
De fato em goma e falso estio
Mas que impeça desta breve estilha de vida
Dai-me então o pronto tiro
Enquanto está ditadura morta
Me dá preguiça.
Do Basque até a Sevilha
Cantabria é eterna lenda
Celta afora nesta selva de matilha.
Peço desculpas ao rapaz da IBM que estava lendo o livro de Richard Dawkins, Deus: Um Delírio, e que foi rapidamente atacado por mim, por falta de coragem de encarar que existem realidades diferentes da minha. A matemática sempre me fascinou. Não só a matemática, mas tudo o que a usa como ferramenta, os números, a filosofia, a física, a biologia, a química, a engenharia, a economia, as ciências da informação, as ciências dos softwares, as linguagens de programação, a música, a pintura, a astronomia, a poesia, a eletricidade, tudo o que se originou da harmonia dos números, tudo isso pra mim é arte. Se existe algo que já me incomoda faz muito tempo nos sistemas educacionais do Brasil é essa distinção cada vez mais forte entre Ciências Humanas e Ciências Exatas. Eu ouço essa dissociação como o som de uma facada no meu peito, isso realmente me dói e me incomoda. Para mim tudo é ciência humana, até mesmo a matemática. Eu sempre me lembro da frase de Darcy Ribeiro que disse certa vez...