Divinae Revelationis ut S. Ioannes
I - De Olhos Fechados, à Beira do Lago
Quando sentir o fora
Exterior reconfortante
Deste rarefeito ar
Uma gélida régua de luz diante
Desdobrar-se-á
Raro efeito
O sentimento, empodera-se
Como se faz na beira congênita de uma noite confortável
O externo de si permeia
Denso como a certeza da trilha correta
Às beiras do refúgio ancestral.
II - Quando a Primeira Embarcação do Dia Passar
O espectro à ponta da cama senta
Ou espreita na ponta da mesa
Ele é tão sólido e tão presente que ali se faz
Mais pessoa do que a pessoa.
Pessoa pessoa
Companhia quando encuba
Quando dura e amadurece
Quando desenvolve-se e morre
III - O Guardião que sempre Dura
Pra esta canção que toda hora soa
Sua harmonia mais que previsível
A quem toda hora ouve enjoa
Pra esta canção que toda hora soa
O lamento de ininterrupta negação
Sofre quem ora se dispõe a atenção
Pra esta canção que toda hora soa
Não é mais sonho senão imagem tediosa
Que faz o dia ser cinza, não cor de rosa.
Pra esta canção que toda hora soa
E é tão ruidosa que pouco se esquenta
Gela o cuidado, sofre ausente, arrefece.
IV - O Veneno Mais Doce de Toda Alma
A felicidade desta calçada está na simplicidade
De perguntar o próprio nome a cada dia que passa
A quem hoje se aquece na memória
Obliviare acalenta
Que houve a ventania que ontem bateu na porta?
Quem se importa?
V - Dies Dominicus
Celebremos o dia de todos os santos montados num lagarto banhados no vinho de todos os pecados
Amén
I - De Olhos Fechados, à Beira do Lago
Quando sentir o fora
Exterior reconfortante
Deste rarefeito ar
Uma gélida régua de luz diante
Desdobrar-se-á
Raro efeito
O sentimento, empodera-se
Como se faz na beira congênita de uma noite confortável
O externo de si permeia
Denso como a certeza da trilha correta
Às beiras do refúgio ancestral.
II - Quando a Primeira Embarcação do Dia Passar
O espectro à ponta da cama senta
Ou espreita na ponta da mesa
Ele é tão sólido e tão presente que ali se faz
Mais pessoa do que a pessoa.
Pessoa pessoa
Companhia quando encuba
Quando dura e amadurece
Quando desenvolve-se e morre
III - O Guardião que sempre Dura
Pra esta canção que toda hora soa
Sua harmonia mais que previsível
A quem toda hora ouve enjoa
Pra esta canção que toda hora soa
O lamento de ininterrupta negação
Sofre quem ora se dispõe a atenção
Pra esta canção que toda hora soa
Não é mais sonho senão imagem tediosa
Que faz o dia ser cinza, não cor de rosa.
Pra esta canção que toda hora soa
E é tão ruidosa que pouco se esquenta
Gela o cuidado, sofre ausente, arrefece.
IV - O Veneno Mais Doce de Toda Alma
A felicidade desta calçada está na simplicidade
De perguntar o próprio nome a cada dia que passa
A quem hoje se aquece na memória
Obliviare acalenta
Que houve a ventania que ontem bateu na porta?
Quem se importa?
V - Dies Dominicus
Celebremos o dia de todos os santos montados num lagarto banhados no vinho de todos os pecados
Amén