A santa paciência da vida. Esta paciência que em tudo a gente espera, e nada acontece. Grudaram o meu cérebro no teto de uma Igreja Basílica, daquelas altas, em que nos sentimos um grande nada.
As coisas simplesmente pararam de fazer sentido, e agora, com pessoas tentando nos trazer de volta ao limiar da ignorância, com um negacionismo da fatídica falta de sentido da vida, isso me cansa ainda mais.
Parece que me querem fazer crer que as coisas que eu sei, eu soube erradas, essa atitude fajuta de reescrever a história apenas para comprovar que o que já foi comprovado não pode de fato ser comprovado se for fruto de uma história inventada.
Mas como fazer para superar toda essa questão, toda essa problemática? É como se eu visse além da nuvem e pensasse: ok, aqui é fresco, mas o que vem depois? O querer depois, essa insistência da vida.
Santa paciência enquanto eu vivo nessa impotência servil da minha condição limitada. Mesmo que algumas pessoas não tenham ciência disso, deram-nos um corpo que se reduz a nada perante os caminhos da mente. Era como se tivessem instalado o maior dos computadores na mais frágil das cabanas. Nossa mente nos engana, consciência é uma maldição de certa forma.
A verdade dói, liberta, sangra, causa doença, causa decepção. Pergunto-me então porque passamos tanto tempo nos enganando.
A consciência pesa perante o erro ou a consciência pesa perante o medo de encarar a multidão da ignorância? Liberdade é um caso complicado para algumas pessoas, que ousam apenas em pensamento, mas a atuação vira refém de uma circunstância social. Liberdade assusta, e é para poucos, como já foi dito por aqui um tempo atrás.
Sinto culpa, sem saber exatamente onde foi pregada a minha cruz, porque madeira se desfaz com o tempo.