Assim como o aleijado aprende
A conviver sem o seu pé
Consegui entender os caminhos
Que exortam a minha fé
Mesmo sem o seu mestre,
Descobre-se o aprendiz.
Aprendi também a viver
Sem o vício de ser feliz
Na leitosa abóbada do cosmos
Do ululo voo circulante
Entendi que para ser-se vivo
Vive-se em vacilo constante
Igual ao ganancioso ardil
Que a tudo rouba com a mão
Arranquei de dentro de mim
Os ócios vis do meu coração.