Naufraguei no dilúvio da própria tragédia
Era a base da forte montanha
Que só água, rangido e destruição
E à frente o eremita e seu capuz branco
Cajado nas mãos
Pernas magras tal gravetos
Corpo esguio tão nutrição
A trilha seguia íngreme e preguiçosa
Quase no alcance do impossível
Mais água, mais rangido e mais destruição
E o homem de cajado na mão
Moveu o dilúvio com a força do pensamento
E com a força do pensamento, moveu a mão
De montanha em montanha
Há o dilúvio
De dilúvio em dilúvio
Há montanha
Sorri em paz.