Vi nos olhos de um homem
Que acabou de descobrir a verdade
E ela dizia:
Mate-me enquanto ainda há tempo
Deixe meu corpo na beira da estrada
E vá, sem peso na consciência.
Não odiarei saber
Que um dia me odiou
Estarei processando a luz
E o perfume das flores
Enquanto vejo vermes pelo meu corpo
Devorando lentamente a morte que me chega
Não sobrará sombra nem luz
E virá de pés descalços um menino
É um ônix com um sorriso que me cega
Ele correrá às voltas do cadáver
E saudará meu espírito para o além
Mas de joelhos pedirei perdão
Com ele já me tendo perdoado.
Nunca estaremos do mesmo lado.