Por Estevão Bruno Steiner
Não sou mais o que disseram que eu era.
Nem me prendo às correntes do passado,
nem carrego o fardo que me deram.
A liberdade não é um grito que se impõe,
mas um sussurro que se espalha suave,
um vento leve que quebra as grades invisíveis.
É a fé que me reconstrói,
não a fé cega, mas aquela que vê o tempo,
que sabe que a cura é lenta, mas constante.
Liberdade é aceitar o que foi,
sem deixar que o passado me defina,
é viver o presente com coragem,
sem medo do que virá.
É o perdão que floresce na alma,
não como esquecimento,
mas como renúncia ao peso que me prende.
Eu caminho, enfim, leve,
com a fé que aprendi a cultivar no silêncio,
e que me dá asas para voar,
não para fugir,
mas para ser.
Estevão Bruno Steiner