Por Estevão Bruno Steiner
Não é longe, nem alto, nem exige passaporte ou merecimento. O lugar onde a esperança volta é onde a dor já passou - mas deixou espaço. É dentro. Mais fundo do que a mágoa, mais calmo do que a pressa de sarar.
Ali, onde só Deus e o silêncio sabem entrar, a esperança se refaz sem alarde. É um suspiro, uma brisa, um “ainda não acabou” sussurrado por dentro quando tudo parece perdido. Não é uma promessa de que tudo vai dar certo. É a certeza de que, mesmo que não dê, a alma seguirá firme, porque aprendeu a andar mesmo de joelhos.
Ali eu volto, sempre que o mundo pesa, sempre que as palavras falham, sempre que o passado tenta gritar mais alto que o presente. É ali que reencontro a luz - não a que cega, mas a que guia.
E caminho. Com fé. Com paz.
E com um novo nome escrito no coração:
Recomeço.
Estevão Bruno Steiner