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Mostrando postagens de dezembro, 2025

O Dia da Flor

Os primeiros livros que eu comprei, por escolha minha, foram O Senhor dos Anéis e A Sociedade do Anel, de JRR Tolkien, Os Maias de Eça de Queiroz, A Hora da Estrela de Clarice Lispector, Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida, e enfim, Libertinagem, de Manuel Bandeira. Foi assim que eu comecei a minha biblioteca, com estes livros que misturam escolhas pessoais e indicações de professores do cursinho. Não os comprei todos de uma vez. O Senhor dos Anéis eu tinha treze anos. Foi a fuga pra uma cura pessoal, e eu só sei que foi fuga hoje, depois de adulto. Na infância a gente ainda não confunde tanto a fantasia com o escapismo. Hoje, era necessário. Os outros foram todos de uma só vez, aos 17 anos, em uma feira de livros que aconteceu no Centro Cultural Vergueiro, em São Paulo, em 2003. Eu nunca tinha ido sozinho na CCSP, e nunca tinha ido numa feira. Eu estava com amigos do Cursinho da Poli, e eu nunca tinha saído com amigos para nada tão interessante antes. Eu ...

Dezoito Anos

Derramou sobre o meu corpo A chama fulgurosa do teu ser Vejo tuas sensações em toda parte Que parte sempre em mim para viver. Amo, sim, sem medo, sem dor Amo, sendo assim, um sussurro silencioso. Cavo a terra, planto uma semente Nasça, rosa da paixão! Nasça em chamas! Espalha essa noticia esplêndida À próxima geração! Te vejo no céu e na terra E no primeiro brilho da manhã. Te vejo no olhar curioso da infância, E na sabedoria derradeira da vida. Eu te vejo no meu seio E na extensa jornada da avenida. E nada existe sem que eu pense em você Nada vive de verdade, sem que isto me recorde O instante que tem sempre tua presença A canção origem deste acorde. E em mim, eu te encontro Como encontro o ar que eu respiro E a vida ora estranha Que a tua memória impregnada em mim Faz continuar.