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Pseudo-chama

Pegou fogo o mundo durante 10 dias No primeiro os olhos impressionados observavam No segundo os olhos fascinados observavam No terceiro os olhos fascinados olhavam No quarto os olhos olhavam No quinto os olhos percebiam No sexto os olhos viam No sétimo viam No oitavo ouviam No nono moviam No décimo viviam Iam Depois tudo se transformou ao normal.

Sultry Weather

Espessas são as nuvens da cidade Carregadas da tristeza dos olhares solitários Erram acinzentadas de piedade Do sepulcro de nossas almas imorais. Não foi, não era para ser, não será. E pra tudo o que é impossível Um Deus existe e justificará. Espessas são as nuvens da cidade. As meninas de hoje já não mentem Como as belas figuras virgens de antigamente. E já não vivem mais de repente Como não se viverá até então e de repente. Ajoelhadas rezam em balbúlcias E na boca como falo como sempre Uma súplica excitada e diferente Espessas como as nuvens da cidade. O inodoro cheira a Éter E inaudível soa como agonizante. O inaudível chega ser como indolor O colorido não há mais a sua cor. O inaudível houve sangue e dor.

Involution Moderne

O vício em Televisão e Internet é justificado pela tendência moderna em estar informado. Mas a informação é realmente necessária da maneira como nos é imposta? O que qualifica uma notícia mais importante em detrimento de outras afinal? Ambas tecnologias trouxeram avanços para a humanidade, mas ao mesmo tempo, degradaram profundamente as raízes da relação social. O excesso de informação entra totalmente em contramão com o processo de desenvolvimento humano. Jornalismo é o pior de todos os vícios modernos.

Poema Cômico da Tragédia Alheia

Oh terras que nunca vi O sangue dos chãos das guerras passadas Cujos clamores sequer sei dos sons Direi aqui coisas sem coração E perdoem-me os bons pela pretensão Serei pretenso como o poeta que inventa memórias De todas as ninfas que me inspiram A minha chama-se ambição E tal como oportuno caso Faz com que o verso seja vogue Dom Quixote na cama esperando ser Embutas-me à mente uma sinceridade lunática. O doente se vê normal Não crendo em sua anormalidade fanática. Oh nordeste tão maltratado Oh sina de uma coisa que não compreendo Por que sofre aquela gente Com quem nunca tive contato? Por que as injúrias das pessoas Que padecem de fome e sede cujos detritos o cheiro não faço ideia Porém me empardecem nos discursos das paideias? Oh as pessoas que sofrem Oh as crianças que morrem Oh as pessoas que fazem oh Sem valia, sem compreensão, sem nada para dizer! Oh! Oh Deus dos sentimentos vagos De importância pálida e pouco consentida Porém de necessidade hum

Touch Screen

Era uma aura de inconsciência A sublime demência da manhã Mas como demoramos na lágrima! E como permanecemos no riso! Chorei por demais para me manter preso em mim mesmo Oh libertação, padece na demência da fermentação. Genericamente eu posso escutar rangidos E a respiração frenética, enlouquecida de homens e mulheres. Escuta esse som, essa voz metálica: (.... .... ....) Um homem faz sexo com um telefone Para caminhar livre sob as mentiras de suas verdades Na era das máscaras nossa nova máscara: - Da era de Otavio Augusto e Ying Jien, ressurjo do túmulo! A palavra. Young Romance True Love! Tudo colorido demais Viva o ecstase do cinza E a dormência da cor interna. O futuro e stá diante de nossos pés Portanto olhemos para trás Quantos de nós olhamos para trás? Os que estão à beira do fim.

Frase XXXVII

Aviso aos crescentes: Vinte e seis é um número, ano é uma medida de tempo... sou um corpo e uma mente, ora jovens, ora velhos. Maturidade não é medir o que se diz, mas ser responsável pelo que se diz.

Frase XXXVI

Todo século tem o seu mal. Do ponto de vista da medicina o mal do século é a depressão. Do ponto de vista literário o mal do século é o best-seller. Do ponto de vista social e político o mal do século é o jornalismo.