I
Venho como poeta amador
Que não sabe tocar lira
Que só sabe falar de amor
E que vem tentando ser grande
Porém pequeno é o seu valor
Continuamente dividido
Em busca de uma razão
IV
E aqui estou também
A poeta desgraçada
Que tenta se reerguer
De uma vida degradada
Que pra mim nunca foi nada.
Poeta de alma sangrenta
Mulher sofrível corpulenta
Que respira o ar roxo
E bebe da água seca
Verde feito veneno
V
Oh
Pai perdoe-o
Ele
não sabe o que faz
Teve
a alma límpida um dia
Salve
a alma que outrora era luz
E
hoje vive apenas no obscuro
Lave-o
com sua lágrima abençoada
E
faça dessa alma
Uma
alma perdoada.
III
Não
há alma que se possa ser lavada
Pois
a água não toca o que não existe.
Se
há algo de fato apodrecido
É
o corpo real e palpável
E
que é deveras comestível.
Ao
invés de alma lave os ouvidos
E
escute a voz do profeta
Que
gasta sua garganta hipócrita
Para
acreditarmos no nada.
II
Eu
apenas sigo a sua trilha
Se
é alma ou corpo o que existe
Se
é ser feliz ou se é ser triste
Isso
certamente não importa
Se
é o pulso que você corta
Ou
o veneno que você bebe
Promessa
minha jamais será rompida
Que
contigo disse que estaria
Seja
em morte ou seja em vida.
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Autores:
Matheus Araújo Vieira - I
Leslie
Rebecca Chans - II
Borges Rafael Sanatore - III
Isabelle Lorella La Fleur - IV
Estevão Bruno Steiner
- V