O bem e o mal existem. Se são entidades ou não, isso é individual. Se há no conceito de preservação da vida algo que não condiz com o universo é a desordem. O universo é o oposto do caos, ele tende à organização, ao equilíbrio, e assim é tudo o que lhe compõe. Nenhuma vida resiste ao desequilíbrio e pertubação, e do ponto de vista da vida, esse é o mal, o que pode destruí-la. O moralismo e a ética sobre esta ideia, talvez isso venha ser motivo de debates, uma vez que o desequilíbrio humano parte do nosso julgamento de valores sobre o mundo à nossa volta.
Chegando na praça central Ouço os ecos e os rumores De uma vida que parece outra Os risos de andarilhos sem caminho Os caminhos de passos tortuosos O desgaste do que antes fora arte As estátuas sem nome Os nomes nas placas sem história Folhas caídas pelo chão Os recortes no ar, de galhos retorcidos Ominoso, lugubre e risonho Será que um dia voltarão a florescer? A cada suspiro uma mão distante me acena Miragem ou ilusão, um consolo de memória. Por que tão vazia? Por que tão pouco visitada? Por que assim, remota, esquecida? Cercada de casas sem família Cercada de muretas sem ter o que proteger Nesta praça de ruas que não vão e nem chegam Somente o velho reina Meu filho, diz o vento, é assim mesmo. Quantas vezes soube tu, alguém que guardasse teu nome? A praça tem som de tranquilidade e cheiro de saudade.