Dorme meu filho, dorme
O jornal está sobre a mesa
E sobre o banco
E sobre a casa
Sobre o chão da rua
Sobre a feira livre
Sobre a avenida dos partidos de esquerda
E sobre as mansões dos indiferentes.
Nuvem, penumbra cinza, cheiro de queimado
Esta é a imagem.
Mordo uma maçã, sinto gosto de batatas
Mãos sobre a mesa
Pode ser a casa do meu bem
Ou a casa dos meus pais
Pode ser o céu ou o inferno
Tanto faz.
Ao chegar em casa, uma poça de sangue jazia anônima:
- Limpe os pés antes de entrar!
Morre-se de sede
Mas ninguém volta atrás,
Ninguém volta atrás.
Ninguém volta.
O jornal está sobre a mesa
E sobre o banco
E sobre a casa
Sobre o chão da rua
Sobre a feira livre
Sobre a avenida dos partidos de esquerda
E sobre as mansões dos indiferentes.
Nuvem, penumbra cinza, cheiro de queimado
Esta é a imagem.
Mordo uma maçã, sinto gosto de batatas
Mãos sobre a mesa
Pode ser a casa do meu bem
Ou a casa dos meus pais
Pode ser o céu ou o inferno
Tanto faz.
Ao chegar em casa, uma poça de sangue jazia anônima:
- Limpe os pés antes de entrar!
Morre-se de sede
Mas ninguém volta atrás,
Ninguém volta atrás.
Ninguém volta.