Rainha das Icamiabas pelo rio se apaixonou Tentou tocar-lhe as faces mas os dedos lhe molhou Parou sobre uma pedra em esperança e pensou - Como pode a mão sólida ter para si todas as águas? O o coração pesado sentiu, sentiu que eram mágoas Jamais poderia ter para si o rio então? Pequenas lágrimas guerreiras caíram pelo chão E foram escorrendo numa incerta direção Chorou por tantos dias e tantas noites chorou Foi quando em estrelinhas ela foi se transformando Em como poeirinhas finas o vento foi levando O corpo da Rainha, junto aos céus, irradiando, Depois de tantas lágrimas sinceras derramando. Quem visse não acreditava naquilo que virou E lá em cima em forma linda e branca foi ficando Uma luz prata, tão forte e bela iluminando E sobre a superfície do rio estava mirando Rio e Lua correndo juntos e ao oceano. Foi assim que a natureza de maneira tão singela Uniu a Lua ao Rio, que para sempre era pra ela. De corpos sempre unidos descendo para o Mar...
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