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Mostrando postagens de julho, 2008

Verde

 Vestiu-se de verde Veio até mim Faltou-me o sangue E o ar. Feriu com a espada Do veneno da verdade Curou-me depois Com o milagre da bondade. Andei sobre a tábua Aquela, fina demais. Caí inúmeras vezes E sua mão eu segurei. Pensei muitas vezes em chegar sozinho Mas onde? Se não sei, não quero saber sem você Pois quero descobrir no final Carregando-te no colo Por enquanto hoje, humildemente O que carrego no coração.

Poema De Repente

O poema agora Não pode ser feito Ele se faz sozinho Nas nossas retinas mudas E na nossa garganta seca Na nossa palma lisa E cara marruda. O poema agora  É sempre E antes e depois Não só agora Mas muda de hora em hora e tapa na cara O hipo credo Da crise crisia É tapa na cara A hipocrisia. O poema agora É flor e jardim Que nasce sem demora Do sorriso que chora De alegria demora De tristeza agora Que muda de hora em hora De muda de rosa em rosa. O poema agora É mão enxada É calejada É passo curto Da aleijada O coração Da degelada. O poema nasce agora E sem demora a sua rima Como virgem amando deflora Homem que veio de fora. O poema não é de ouro É de folha de guardanapo E sai cheirando a gordura Sai querendo fartura Fartura que nunca chega Fartura que só na promessa Na folha de seda vem Com cheiro de perfume europeu Mas vira cinza e amarela Não o poema A folha da promessa de seda Que alimenta o olho magrela. O poema é vermelho É vermelho e é como rosa Amarelo da anemia. O amor pela batal