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Mostrando postagens de outubro, 2015

Flor Suicida

A casa era daquelas simples Nada de extraordinário nem memorável Não fica na memória, não fica na alma É vento, lixeira, folha no chão Um pedaço de papel amassado Nada que valha a pena comentar. Não se ouve por aí - E aí me deparei com aquela lata de sardinha. Não, a vida é mais memorável que isso: - E foi massa, foi da hora, foi incrível! Mas então... Tinha uma flor dentro de um vaso. E sou tão insensível e ignorante Que nem sei seu nome. Azaléia, Rosa, Cravo... era flor. E a cada dia que passava, Via que morria de vida Recebia água e luz do sol Sombra fresca e luz do sol A água fresca e luz, e sombra. Mas morria Sem entender De vida E morria mais E mais E mais Suas folhas iam murchando Suas flores iam perdendo a vontade de desabrochar Seus galhos perdiam a vontade de se levantar Até que morreu mesmo. Sem entender, retirei seu vaso e joguei fora Agora jaz um vazio Agora vaz, um jazigo Sem entender Não tem mais flor, só inconsciente.