Longe no quintal de um longo tempo Suspenso, imóvel, e repousado Sinto, peso, o calor da tua mão E eu, suave, afável, ao teu lado. Um lugar de folhas flutuantes E lentas, rodopiam devagar Teus olhos, o meu riso cordial Palavras? Não carece de falar. E estes fios dourados ondulantes Cabelo de menina no ventar Que valsa e aquece o instante Que sempre insiste em congelar. Me esqueço, leve, em teu colo E ouço a vida ir em surdos passos Da brilhante pedra em teu solo Guardada a unir teus estilhaços. Que esqueçam as horas de passar Que este mundo seja permanente Aqui, porém, na vigor ternura Aqui só nós, o amor latente. E dobrem as memórias em candura Acolham, em cobertas, flans de lã Suave teus caminhos, rua dura Teu amor, tua amiga, tua irmã.
Não leia este blog! Aqui tudo é mentira, fingimento ou imaginação.