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Mostrando postagens de fevereiro, 2010

Nirbharatã (Ketergantungan)

A Luz cálida encarece a escuridão O que seria do descanso se não fossem as andanças? E o que é desespero sem a esperança? Nuvem branca, flutua sobre os oceanos dos céus Escondem de mim mistérios e enigmas sem resposta. Eu sou um mistério, não tenho janela, nem porta. Não tenho começo nem fim Sou uma constante, numa faixa, duma linha, dum ponto, dum caminho                                                   [que não começa e nem termina. Cálida luz, clássica benfazeja, tudo reproduz. Sou menina, sou menino Não sou nada nem ninguém Sou a bruma da espuma de quando tocam o sino Planta verde com cheiro de mata de alumínio. Orvalho cai na terra Nasce uma planta, flor de lótus, for de luz, luze tochas, acende a vida O que seria da luz se não houvesse escuridão? O que seria da incerteza não fosse a solidão? O que seria certa nada seria então. Olho para o céu e não vejo o universo parar Para perguntar por que. Por que seria algo se houvesse a res

Solilóquio

Disseram pra mim Que o céu já não é mais tão azul E que as estrelas no céu Não são mais vistas quando a gente quer. Disseram que a água já não é mais tão cristalina E que não abunda mais em vida. Disseram que o amor é uma história distante E a chamaram de ideal. Disseram que quando se ama Não se vive a vida real. Disseram que tudo do que aprendi Hoje já não é mais igual.m Disseram que cada vez que respiro Eu aspiro em substâncias nocivas E que o que dividi com meus amigos Não faz mais parte de mim. Disseram a mim, que quando estou sonolento Estou repondo as energias que perdi Em um inerte e inevitável momento. Disseram que a felicidade não existe E que puseram nos meus caminhos mais seguros Mais caminhos, mais passos, mais muros. Mas disseram a mim: - Não te preocupes, a vida é assim. A tua vida não para Enquanto tudo à tua volta desaba. Recolheis as pedras das quais precisas Separeis os tecos de terras fofas que sobrarem E

Composição

Reconheço minha função mínima no mundo. Fecho os olhos Para escutar o som dos pássaros cantando Ventos para lá e de cá Batem nas folhas das árvores Que soam por existir. Entre os sons desta natureza estranha Ouço vozes de homens. Deste mundo também fazem parte.

Morte e Misticismo

A única transformação que a morte traz ao homem, é a capacidade de torná-lo inanimado. Após a morte, o homem permanece homem, nem mais nobre, nem menos nobre, apenas inanimado. *Imagem - O Dia da Morte, pintura de William Adolphe Bouguereau (1825-1905), pintor acadêmico francês.