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Ode a Uma Alma Destruída

Serei a eleita a destituir teu poder sobre mim? Enquanto aqui ajoelho submissa Você me pega pelos cabelos Ergue minha cabeça e faz de mim A escrava mais que absoluta! Até quando virá esta perdição? O quanto mais resistirei à luta? Sou apenas uma alma frágil, eu sei Ela está aqui exposta como ferida aberta Arde a cada leve brisa A cabeça estoura ao mais ameno som Ou me deixa ou me deixa Destrói-me até o último dia Desapareça ou fuja Largue-me no lamento ou na queixa Enquanto me jogo no chão, indefesa É isso, sou isso, apenas isso Esse pedaço de autopiedade Sim! A vida não é brincadeira! Sim, estamos diante do colapso mortal Entre a casta que aborta a esperança Ou a multidão que se finge de freira Mas pouco importa enquanto cavo este poço infindo E descubro a cada metro fétidas verdades Sim! É isso? Sou isso? Apenas isso? Essa larva interminável corroendo com amargura No enquanto que não sai de mim Ganho pouco a pouco uma escuridão tardia Deixo uma pel

Ode ao Mundo

I Ponto Onde toda história tem começo Num só ponto. Uma história É igual a um Monte De pontos Desordenadamente Diferentes. II Não tenho olhos ou olhar Ou não tenho ouvidos Ou não tenho amigos? Carrego o sobrepeso Desta incansável dieta O peso sobressalente Do peso sobrevalente Mundo Saida das minhas costas! A mim não me pertences Com toda sua extensão E todo o seu mundo. III Quando Cabral descobriu Sozinho as terras distantes de além mar A sua descoberta marcou Ponto. A história de Cabral Não é a minha história. Mundo vá viver a sua vida E saia do meu carro de carga Que comprei Em liquidação De carregar o meu sobrepeso. IV Entenda, mundo! Deixa eu sorrir meu sorriso E chorar o meu choro Mundo... Cheirar alecrim E sem perder a sanidade Querer que seja o bicarbonato Mas com nome de sal de praia E sabor de areia de conetelação. V Estrelas, estrelinhas Contem nossos sonhos Sem contermos