Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de setembro, 2018

Embarcação

Segue forte navegante A barca da coragem Avante O olhar sôfrego, débil A tripulação morosa aguarda, Flébil Mar ante mar Mar após mar E que nada se conhece senão a brisa Ou se transformo em vento E em furação Mas quem é que sabe? - Terra à vista! Soa forte o alarmante A barca nada diz, nada faz A barca é a neutralidade dos amantes O Capitão incerto Velas, remos adiante Soltas E no seu olhar a dureza diamante Capitão, tormenta avante! Destemido diz: - Sigamos adiante! Aprende-se ir, sem saber em que terra pisa Porque toda terra é terra Todo chão é chão Quando pisa deixa a marca É assim mesmo Lembrou-se de quando nosso Senhor Com um estalar de dedos Transformou todo o Caos Em Caos.

Plumas, Travesseiros e Correntes

Tu que com sua gentil armada Abraça-me com o frio algoz E vagaste-me a vida como em falta Do ar que se exaspera Na fria temporada. Do escuro eu vejo Crianças brincando lá fora Qual criança que hoje reside Na pureza da infância? Cada riso estridente É um agudo estilhaço ao peito No calor da vida Cada forma absorve sua luz Mas o que faz é sombra Sussurros arrastados Por sobre o meu ombro Soam rústicas no romper De silvos silencioso Como suspiro arruinado Nesse rastro amargo. Teu medo de perder-me Solve-me na minha forma O verso que o tálamo entope Desperta o laço dessa força Guilhotina-me em bala como o fosso A úmida pele que resvala. Pela magnífica onipresença tua Que reside em minha vida Como o amor dos meus sonhos de menino Não me a pronto Por ti morro de silêncio Corroído no corredor Das correntes