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Mostrando postagens de outubro, 2013

Poema para Doentes

Passeio, sempre, como um que comeu e bebeu poeira Calçada, mas a cabeça lá no céu No alto inalcançável Que erro grotesco e desumano! Os mastros estão todos vazios E as pessoas não fazem mais perguntas Estes são ventos novos, ventos frescos Se um pano vermelho ou verde tenta se erguer Derruba-se sob palavras violentas de doce libertação! Sonhar é um organismo defeituoso Numa era em que sonhos são possíveis Tanto quanto os abraços.

O Tumbeiro Fantasma

No século da glória de Pingala Percebe-se uma verdade atroz No sentindo e fazendo involuntário Ouça, constante como um sino de chegada Os sons de correntes se arrastando pelo chão E o tilinte dos grilhões atados em vossas mãos Um magote, falsamente ordenado E repleto de superstição O seu discurso ato é falho E sua voz que tanto clamas não é sua Mas veja tuas mãos, e esta fala Em constante oposição Há grilhões? Não! Há palavras postas em teu cérebro? Não sabe, não vês. A dúvida é o suporte da loucura Portanto duvidosa Portanto, verdade, distante, impossível. Um sol se põe, eu vejo O saber necessário, não sabemos. A luz me alcança Mas entre nós Um abismo de suposições e medos. Salta Grilhões se partem Morro?
Desperdício é a juventude que não sabe o poder que tem E tem como inimigos a própria incoerência da liberdade A própria falta de disposição de si E os excessos contra aquém Para provar a si mesmo Algo.