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Donzela Puta

 Era uma linda donzela matuta,  Nas suas cavalgadas, não mais é pura,  Pois cai a mascara e surge a puta,  Com o advogado que se mistura. Embora que de Cezar tenha a sina  Herdado, foi teu perdão esquecido, Logo de abandonado a menina Tenha no seu amor a fé perdido. Ajuda por apelo não recusa Pois sabe o amor que existia E que à presença antiga não resiste De bode advogado não se usa Da rola grossa nunca desistia E finge que o passado não existe

Genesis 2, 16-17

 Depois de comer da fruta da ciência do bem e do mal, Recordo-me que no meio do caminho, Daquela vida tão jovem...      ...e tão cansada...       ...e tão distante... Obriguei-me a subir no bote da ciência do bem e do mal. Aos poucos, e cada vez mais, O bote ia embora, velejando. A terra ia pequeninando e me deixando maior, ilhado no mar. Tão triste é tudo isso, mas ele se afastava...                  ...tão distante... Que susto de angústia que levei! Quando notei que não, o bote não se afastava. Ficou parado no mesmo lugar que entrei.                         ...e tudo tão distante... No dia que comi daquela fruta, e entrei naquele bote, Certamente morri!

Identidade

Como é dele o mundo do poeta. Pinga como chuva no pantanal:         Dez gotas de salivas efervescidas      Dez contos sobre meninos de rua      Um comentário sobre a beleza da lua... Igual da Vincis e Michelangelos, Dali sai alguma poesia. Nesse mundo Nasce o que se quer nascer, Colhe o que se quer colher, Bebe o que se quer beber, E não há coração para mexer.

A Decente Mentira

Olhar para trás Não passa De olhar pra trás. Olhar para o passado Impossível. Olhamos para nós mesmos Cujo passado se remonta Nas memórias de quem quiser. A história mais bonita é a história que bem me quer.

Giselle

 G-Graça, beleza pueril nos olhos que te vêem, I-Inteligência nobre, a alucinação do além. S-Santidade és, no espírito abençoado. E-E eu aqui, a poetar com liras, às pétalas de teu seio. L-Leves veludosos passos da tua leveza L-Lascivos lábios grossos da tua pureza E-E tu aqui a poetar com liras, ao coração despedaçado.

Love Story

 Após o último frame rodado Enquanto a tela ainda exibia o Staff Jennifer da Silva enxugava as lágrimas,  e lamentava o final indignável de Rose Bukater.  Que estrondo de lágrimas incontestáveis! Nem quis escutar,  Com tanto pranto e emoção,  Que logo ali na esquina fria da rua tupiniquim,  Um pretinho chorava também.