Vindo todo o dia Pela mesma alameda Vendo o mesmo chão O mesmo entulho no mesmo lugar A mesma comadre contando das mesmas pessoas E as mesmas pessoas Diferentemente como umas as outras E essa mesma parede azul Chata, calma, tranquila, beirando o inferno imutável do tédio De bocejo em bocejo eu penso uma faísca de desejo: Essa parede podia ser laranja, só por um segundo.
Não leia este blog! Aqui tudo é mentira, fingimento ou imaginação.