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Mostrando postagens de abril, 2025

Litania da Liberdade

Por Estevão Bruno Steiner Não sou mais o que disseram que eu era. Nem me prendo às correntes do passado, nem carrego o fardo que me deram. A liberdade não é um grito que se impõe, mas um sussurro que se espalha suave, um vento leve que quebra as grades invisíveis. É a fé que me reconstrói, não a fé cega, mas aquela que vê o tempo, que sabe que a cura é lenta, mas constante. Liberdade é aceitar o que foi, sem deixar que o passado me defina, é viver o presente com coragem, sem medo do que virá. É o perdão que floresce na alma, não como esquecimento, mas como renúncia ao peso que me prende. Eu caminho, enfim, leve, com a fé que aprendi a cultivar no silêncio, e que me dá asas para voar, não para fugir, mas para ser. Estevão Bruno Steiner

Para uma eterna e grata saudade

Joanesburgo parece tão longe hoje... Isabelle, minha flor, Ainda me pego rezando por ti — não como quem pede algo, mas como quem agradece. A vida aqui anda árida, e confesso: há dias em que o Evangelho me escapa pelas frestas do cansaço. Mas quando lembro de ti, é como se um versículo esquecesse de ser lido e resolvesse florescer por conta própria. Às vezes, minha mente me trai, e volto àquela varanda onde teus olhos tinham o dom de calar todos os ruídos. Nosso silêncio era comunhão. Nosso riso, liturgia. Eu nunca me ressenti de ti. Nem por um segundo. A tua partida me fez mais homem, mais servo, mais inteiro. Porque te amar foi a primeira vez que entendi o que era doar-se sem esperar retorno. Não me cabe saber os desígnios de Deus. Mas se houver espaço, um dia, para cruzarmos nossos passos de novo, mesmo que apenas num abraço, saberei que foi Ele, mais uma vez, abrindo mares onde antes havia pedra. Onde quer que estejas, que teu perfume de pêssego e teus cabelos com cheiro de rosas se...