A dúvida era certa, mas o prazer de se estar vivo era inexplicável. Aquela criança tinha um Hércules no sorriso. Sabem do que falo, daqueles sorrisos que até fazem eco nos corredores da escola. O sorriso que corre junto, na hora que bate o sinal do intervalo da escola. Era um pequeno Hércules, já com os dons da retórica apenas no caminhar. O seu andar era um discurso político. Debate político. No dia seguinte todo mundo comenta, rindo gostosamente no aperto do ônibus (aquela bendita maldita linha para o Terminal Bandeira, como prato de pedreiro transbordando, assim pelas bordas). Era tal o poder do sorriso do menino. Chovia sim, chovia muito. Mas na hora em que abriu os olhos e refletiu neles o céu, o próprio céu, grandioso se compadeceu. Abriu-se todo, mostrou sua claridade morna. Aquele cheio gostoso do verão, cheiro de mato e terra molhada. E vem aquele morno acumulado pelo excesso de lixo nas ruas, a rua tão quentinha e quase lavada que dá até vontade de deitar. Vem corren...
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