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Recomeço

Este blog completa 2 anos de existência, pelo menos o do domínio www.cinqbranches.blogspot.com . Depois de alguma reviravolta interna eu me permiti reabrí-lo, mas desta vez, definitivamente, com uma abordagem mais sincera e direta. Qual a finalidade dele? A mais simples possível: falar de mim mesmo. Parece egocentrismo ou narcisismo, mas um certo poeta certa vez me disse que escrever poesias é como se olhar no espelho. Acho que era algo assim. O poeta que me disse isso é um grande amigo meu, o Júnior/Boneca/Jayanta Alves. Depois de um tempo refletindo, acredito que já atingi um grau de maturidade suficiente para poder falar de mim mesmo sem parecer vítima ou sem querer por a culpa nos outros. Geralmente é assim que acontece, porque é mais difícil aceitar os próprios erros. As coisas simples parecem tão banais, mas se pensadas, vemos o quão fundamentais são, e quão mais problemáticas ainda se tornam quando as esquecemos. Por isso retorno tratando das coisas simples. Eu queria e senti

Minha benção na Primeira Missa

E quando tudo acabar No fim da festa um sorriso fugaz Pelo menos. E encara com um desolhar estranho Ao olhar pra traz E querer ter o álcool E alimentar a alegria E desejar estar no lugar De todas as desgraças dos outros, Acreditando que não terei apocalipse Quando abrir a porta de casa. Para quando chegar Cambalear pelas paredes sinuosas E atirar-me incólume à cama E abraçar os travesseiros Conforme meus únicos consolos E me esquecer de que não fui ninguém Enquanto alguém tentava ter O que só a mim pertence.

Yervante

O chão é de pedra Mas a cama é de algodão. O grito é de guerra Mas também é de paixão. Os olhos um dia se perderam Procurando por coisas que não sei Se houveram amores Tu amaste e eu amei. E se houveram dores Também chorastes como chorei. E se houve saudade Que lá atrás eu já deixei (Na memória inevitável) O futuro há de ser mais memorável E as alegrias hão de ser mais brandas. E se houve passado, choro e amor, Já hoje eu já não sei. Mas por hoje posso dizer: Por tudo passarei Por tudo chorarei Por ti Por tudo Amarei.

A Máquina

A Máquina que o Homem inventou Jamais poderia contar Que há homens ainda crianças Que como as máquinas não contam Com o homem que a máquina inventou.

Imagine

Que a vida que pensei ter tido Era a vida que queria ter E que tudo que imaginei ter sido Era a imagem do meu imago ser. No limiar do ser e não viver Do vivo sem me ater As imagens são sem eu querer Imagino os mil mundos sem meu ser Tudo que é sempre irá permanecer. Nego o mundo que nos dói Com razão de convencer Que real é aquilo que eu planto Enquanto imagino o que não há de florescer. Flores às imagens mortas Às pinturas tortas e sem rumo E às poesias embrigadas de perfume! O real do mundo é açude com cardume. Mas ora... uma porta.
E que eu nunca me esqueça que a vida se refaz num instante E deste dia em diante a vida passada fica mais distante E cada vez mais distante estarão os nossos erros.
Olhos de amêndoa Coração de pedra Mãos de algodão Perfume de sangue.   Olhos de pedra Coração de algodão Maõs de sangue Perfume de amêndoas.   Olhos de algodão Coração de sangue Mãos de amêndoas Perfume de pedra.   Olhos para mim Coração para ti Mãos para nós Perfume que embriaga.   Para sempre Para anáguas Amar-te até a morte Plena vida e perfeição.

Reflexo no Lago

Desejo o reflexo da beleza Que reflete no reflexo do lago. Na superfície há a cristalina juventude Soa como o som do fino alaúde. Ao toque sinto-me molhada Das mãos aos pés me jogo no vazio Afundo-me em enganosa superfície Afogo-me em vazia ilusão. Iludo-me em reflexo confuso De todas minhas curvas distorcidas Sem cor, teor ou cheiro ou som difusos Somente a imagem pálida e borrada Que quando bate a brisa mais gelada E empurra suas camadas adiante O músculo dos lábios me engana E forma no reflexo um sorriso De tez e olhos e colo azuladas. Do fundo, lá do fundo eu não sei Eu quero, eu sinto o ímpeto voraz O pulso salta adianta, a mente avança E o meu reflexo encara tão em paz Tão sem nuance, sem sabor, sem andança. Na claridade plena some a transparência Porque é só o reflexo sobre a água Um sorriso distorcido sobre o lago Um olhar esmorecido pela brisa Das camadas que vão de outro para um lado. Não há o profundo saber de lá de dentro Serão azuis as algas

Glênio e a Cadeira

Caro colega Gl ênio, Eu gostaria de me desculpar pelo aparente incômodo, ainda mais quando você   “ tem “  uma mesa e está acostumado à uma mesma posição todos os dias. Das vezes que não retornei  à posição inicial foi por desastroso esquecimento. Mas ali foi o único   “ cantinho ”  que consegui para tirar uma soneca no meu horário de janta. Trabalhar de madrugada é dose, eu durmo apenas de 4 a 6 horas por dia ... ufa!   A inda tenho intenções de ir para o turno da manhã , porque dormir 4 horas de dia   seria e que ivalente a  ter dormido apenas 2 horas  durante à noite ...  Enfim... A situação foi tão engraçada   (para mim)   que eu até fiz um poema pra mandar pra você =) Sentado Sentido Sento-me à cadeira reclinável E reclino-me às inclinações apostróficas Aposto como em cada cadeira Reclina ainda mais ao desastre De inclinar-se aos casos de catástrofe. Reclino então de volta à sua origem De originalidade inclinada à reclinar Mas sem antes folgar em s